Sade: Cosmos Is A Great Torture Chamber (2021)

Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação 

Talvez pelo nome, alguns das antigas pensarão se tratar de um novo trabalho da cantora britânica/nigeriana, Sade. Só que as coincidências aqui ficam só no nome. Pois a proposta lírica e musical dos cearenses passa longe de sons como Smooth Operator e No Ordinary Love.

Com quinze anos de estrada, o "nosso" Sade tem o nome inspirado no poeta subversivo francês, Marques de Sade e prática uma música com referências que vão do black/death/grind com tem o universo gore e sádico como conteúdo lírico.

Lançado pelos selos Black Hearts Records e Misanthropic Records, o segundo álbum dos caras chama a atenção pelo ótimo projeto gráfico, (que só peça pelos escritos em roxo) e boa gravação, que deixou tudo com cara de "ao vivo", onde a coesão se destaca logo de cara.

O disquinho tem início com Nihilistic Mantra, que é uma intro que abre caminho para Satanic Propaganda, que é brutal e recheada de morbidez. A faixa título é densa com muitos climas doom, enquanto Towards It's Extincton possui um ritmo torturante (no bom sentido).

O Brilho do Mal Ereto Sob A Divina Purificação é caótica e rápida. Horned Creature Worship é uma grata surpresa, graças as partes black and roll. Facial Fermentation (SMP) se aproxima do grind e saideira vem com Goat Semen Inoculation Ritual, onde o ritmo extremo e as vozes doentis tomam conta de tudo.

Uma excelente pedida para aqueles que gostam de música extrema, que aqui em nenhum momento, não soa "bonitinha" e com a intenção de querer agradar públicos de outros nichos. Apenas três caras tocando música brutal sem concessões.

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