Labore Lunae: Real e Abstrato (2021)

Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação 

Esse é o primeiro e até então único full da banda sul matogrossense, que chama a atenção por praticar um death/doom com muitas referências da década de 1990, além de terem saído pela Eclipsys Lunarys, selo de suma importância na propagação da música soturna.

Com um projeto gráfico muito bonito e uma boa gravação (que poderia ser mais suja em alguns momentos), o álbum tem tudo para agradar os fãs das duas vertentes citadas no parágrafo anterior. Desertos (Parte I), que abre o disco, é uma intro acústica e com ótimo uso de cordas. Real e Abstrato (Desertos - Parte II) é bem carregada com vozes limpas e guturais, dando um ar quase progressivo a canção.

Símbolo do Oriente chama a atenção pelo ritmo quebrado e os vocais recitando os versos como um poema, enquanto Sombrio é recheada de distorções e microfonias. Ruido é bem melancolia e Descanse em Paz é bem noventista com um ótimo trabalho de guitarras.

O Mor E A Lua tem referências do jazz e encerra o track normal do álbum. A seguir temos os bônus Silêncio No Fim e Decatexis, que apesar de manterem a linha adotada no álbum, você saca que soam inferiores ao Full.

Uma banda interessante que merece que seu trabalho chegue aos apreciadores de death/doom, em especial quem ama a vibe noventista dos estilos citagos. 


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