Poison: Native Tongue (1993)

Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação 

Muitos fãs odiaram essa fase do Poison na época, em especial graças as mudanças musicais adotadas pelo quarteto. Lançado em 1993, a banda apresentava ao mundo o então jovem guitarrista Richie Kotzen, com um som mais denso, emocional e pesado, se comparado aos álbuns anteriores.

Quem acompanhou a época do lançamento, sacou de cara o visual mais "dark" adotado, em especial no clipe Stand, onde se notam duas coisas: o estilo mais bluesy de Kotzen e a evolução musical dos outros caras, além de um som sensacional. A bateria de Rikki Rocket é digna de um Lars Ulrich (Metallica) e Tommy Lee (Mötley Crüe).

O álbum tem início com a faixa título, que é uma intro tribal, que abre caminho para The Scream, que começa bem fusion, que ganha contornos hard e blues. Stand é pura viagem soul/gospel, enquanto Stay Alive é recheada de momentos para cantar junto.

Until You Suffer Some (Fire & Ice) é uma balada intimista. Em Body Talk a guitarra de Kotzen só falta falar e Bring It Home é um dos sons mais pesados da banda, além de um dueto bluesy de arrepiar. 7 Days Over You é aquele som que só transmite bem estar.

Richie's Acoustic Thing é um malabarismo do guitarrista (legal pacas). Ain't That The Truth possui jogos vocais impressionantes. Theatre of the Soul é "apenas" uma das baladas mais bonitas da carreira da banda. Strike of the Band é aquele momento que tira todo mundo do chão.

A reta final do disco tem Ride Child Ride é mais um momento irresistível do disco. Blind Faith possui um refrão daqueles e a saideira Bastard Son of Thousand Blues, como o título sugere, é bluesy é super alto astral, com uns pianos bem sacados.

Clássico, definitivo, que não seria possível se não tivesse existido o álbum anterior, Flesh & Blood, que será o assunto da próxima resenha.

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