André Prando: Iririú (2024/2025)
Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação
Iririu é o mais recente trabalho do músico capixaba André Franco, que saiu originalmente em 2024 e recentemente recebeu uma versão caprichadissima via "Amigos do Vinil". Muito bem produzido e executado, o álbum apresenta um amálgama de referências musicais que tentarei descrever nas próximas linhas.
O lado A tem início com a faixa título, que mescla reggae e pop, onde os destaques são as linhas de voz do cantor, que apresentam variedade. Zum Zum Zum mescla o forró com a MPB, enquanto Kaluanã o Grande Guerreiro aposta na introspecção e partes em inglês que lembram o Queen.
As seguintes, O Lapidário de Pedras no Caminho é intimista, além de ter várias camadas e Frágil, que encerra a primeira parte do LP com muita sofisticação e um tempero jazzistico.
O outro lado começa com Amor Te Considero tem uma vibe bem Secos e Molhados. Voltinha de Bike passeia do pop ao swing e Patuá é mais acústica e cheia de vocalizavoes instigantes. Nuvem Passageira tem muito da MPB, com passagens melancólicas.
A reta final do disco vem com a depressiva Dharma e Muita Coisa, que surpreende pelos arranjos e uma guitarra bluesy muito bem encaixada, que coroa esse álbum, que na minha opinião, figura tranquilamente entre os cinco melhores discos desse ano de 2025.
Iririú, que possui amplos significados, que vão desde um cumprimento regueiro até uma celebração, ganha o ouvinte por ser ousado e repleto de sentimentos, que ganham. Predicados que nós, fãs de boa música, só temos de agradecer.
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