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Mostrando postagens de abril, 2025

Girlie Hell: Till The End (2015)

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Por João Messias Jr. Imagem: Divulgação   Falar da Girlie Hell é falar daquelas injustiças que rolam no cenário musical. Não basta "apenas" compor boas músicas, um disco bem gravado, videoclipe, distribuição e shows grandes. Só que algumas coisas acontecem "além das 4 linhas". Cometendo uma redundância, o quarteto fez tudo certinho na época, gravou com um ótimo produtor, Marcello Pompeu (Korzus), com o acabamento feito por Alan Douches (Madame Saatan) e fez grandes shows por alguns estados brasileiros. Com uma sonoridade que mescla grunge, alternativo e stoner, o quarteto por meio do peso e climas densos, consegue envolver o ouvinte nas oito faixas desse puta disco, que merecia muito mais, diga-se de passagem. O álbum começa com My Best, que possui um belo videoclipe, com riffs pesadissimos, dinâmica interessante e que ganha o ouvinte logo de cara. Gunpowder possui riffs sensacionais com ritmo denso e melancolia. Monsters possui muito groove e dissonantes que se apr...

Poison: Native Tongue (1993)

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Por João Messias Jr. Imagem: Divulgação  Muitos fãs odiaram essa fase do Poison na época, em especial graças as mudanças musicais adotadas pelo quarteto. Lançado em 1993, a banda apresentava ao mundo o então jovem guitarrista Richie Kotzen, com um som mais denso, emocional e pesado, se comparado aos álbuns anteriores. Quem acompanhou a época do lançamento, sacou de cara o visual mais "dark" adotado, em especial no clipe Stand, onde se notam duas coisas: o estilo mais bluesy de Kotzen e a evolução musical dos outros caras, além de um som sensacional. A bateria de Rikki Rocket é digna de um Lars Ulrich (Metallica) e Tommy Lee (Mötley Crüe). O álbum tem início com a faixa título, que é uma intro tribal, que abre caminho para The Scream, que começa bem fusion, que ganha contornos hard e blues. Stand é pura viagem soul/gospel, enquanto Stay Alive é recheada de momentos para cantar junto. Until You Suffer Some (Fire & Ice) é uma balada intimista. Em Body Talk a guitarra de Kotz...

SIOD: esSIODio (2016)

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Por João Messias Jr. Imagem: Divulgação  Muitas vezes não nos damos conta de como somos afortunados com as oportunidades que a vida nos dá. De poder depois de velhos, atuar no cenário do rock e "manter a chama acesa".  Esse é o primeiro e até então o único registro dessa banda de Avaré (SP), que brinda o ouvinte com uma interessante, direta e lisérgica fusão de thrash, hardcore, stoner e sludge. Lançado em 2016, o álbum conta com um projeto gráfico bonito em digipack, além de uma ótima qualidade de áudio. Composto de oito faixas, o cd começa com Maldade, com riffs pesados, com muito groove e jeitão de Hendrix. Traumatismo Moral é bem "sabazona" e as linhas vocais discursadas se destacam. A faixa título é pesadíssima e cadenciada, metendo os pés em nosso peito. Paranóia chama a atenção pelos riffs contagiantes e Buraco da Fé é bem chapante. Coragem Amigo é bem virtuosa, mostrando o nível musical dos envolvidos. Não Tira Não possui um refrão que muitos lembrarão do Cr...

Anhaguama: Fórmula of Zos Vel Thanatos (2022)

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Por João Messias Jr.  Imagem: Divulgação  A história é longa e tentarei resumir aqui. Conheci o som dos caras no fim dos anos 2000, quando li em alguma publicação que a banda estava lançando o EP "In Alliance With Fallen Angels", que apresentava um black/death cru e bem executado. Receita que ajudou a propagar o nome da banda no segmento da música extrema. O que seria teoricamente a propagação do nome do Anhaguama (Futuro Demônio em Tupi), acabou gerando um longo hiato, que teve fim em 2022 com um novo trabalho, "Fórmula of Zos Vel Thanatos. O material apresenta uma ótima qualidade de áudio e vem com encarte e projeto gráfico impecável, o que também pode captar fãs de material físico. Musicalmente a banda não se afastou da sua linha musical, apenas está melhor executada, como escutamos em Ra-Hoor-Khuit, que possui ótimos arranjos e momentos que beiram o doom. Nox é dona de arranjos tétricos e passagens empolgantes. Já a faixa título é visceral e impiedosa, mesclando as...

Seria Só "Mais Uma Vez" na Galeria...

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Por João Messias Jr. Fotos: Cláudio Tiberius Como o título diz: "Seria Só Mais Uma Vez na Galeria", lugar que conheço desde a decada de 1990, que desses período, verm apenas flashes na memória, flashes mágicos, dentre eles, um show do Okotô, da saudosa Cherry, lá no Anhangabaú. De lá para cá, muitas coisas mudaram, estive lá incontáveis vezes, onde boa parte delas foram como o título dessas reflexão, pois do templo ideológico que era essa estrutura de concreto e ferro, pouco se tem. Sem criticar, pois afinal, os negócios são assim, hoje o que temos é um shopping destinado a comunidade rock. Só que o dia 5/4/2025 botou um fio de esperança aos mais puristas, onde me incluo, cuja data não foi apenas "business", mas uma hora destinada a troca de ideias e experiências. A princípio seria um encontro com os amigos das antigas, Fernando Cabral e Cláudio Tiberius com o novo amigo, Gustavo Grando (Fohatt) lá na Mutilation Records, loja que graças ao Tulula, representa muito b...