Antidemon: Convergence (2025)

Por João Messias Jr.
Imagem: Divulgação 

Novo álbum desse incansável trio paulista que possui três décadas de estrada e inúmeros shows pelo Brasil e globo terrestre. Para quem não acompanha a trajetória da banda, são adeptos de um mix de death/thrash/grind/hardcore, proposta que permanece intacta, apenas melhor executada e produzida.

O aspecto sonoro merece destaque, pois "Convergence" foi gravado no Dual Noise por Rogério "Wecko" Mainete, que deixou tudo bem timbrado e na cara, o que possibilita o camisa preta "relaxar" durante a audição. O trabalho gráfico é muito bonito, com a tradução das letras, não deixando dúvidas sobre a fé do duo.

Forever Glory inicia os trabalhos de forma mais cadenciada, "ganhando corpo" aos poucos, com algumas ambiência, lembrando o thrash/industrial dos anos 90. Realm Of Death é visceral e instigantes, enquanto a faixa título é um rolo compressor cheio de groove. 

Slaves in Hell é mais densa e evidência o belo trabalho feito pelo guitarrista Soldado (Coração de Herói, que não está mais na banda), que a trinta anos atrás, gravou KZS (Korzus), um dos discos definitivos do metal nacional. Worst Enemy mistura death e modernidades com precisão.

Since the Beggining of Time é cadenciada e caótica. The New Covenant é mais arrastada, The Battle Of Kingdoms possui um ótimo trabalho de bateria. Worst is The Lamb é carregada de morbidez e The Spirit of Truth encerra o álbum de forma brutal e com muitas partes voltadas ao hardcore/crossover, dando números finais a um dos melhores álbuns da história da banda.

Ideal para ouvir em casa após um dia de fúria e reflexões.

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